Esta é a bolada que mulher agredida em elevador arrecadou em vaquinha virtual até agora….

Um caso chocante de violência doméstica em Natal, Rio Grande do Norte, ganhou destaque nacional e mobilizou milhares de pessoas em apoio à vítima. Juliana Garcia, de 35 anos, foi brutalmente agredida pelo ex-namorado dentro do elevador de um condomínio no bairro de Ponta Negra. As imagens, captadas por câmeras de segurança, mostram a vítima recebendo mais de 60 socos, resultando em graves ferimentos, incluindo múltiplas fraturas no rosto e no maxilar. Diante da gravidade do caso e da necessidade de custear tratamentos médicos e despesas gerais, amigos e familiares de Juliana criaram uma vaquinha virtual que, até o momento, arrecadou uma quantia impressionante, ultrapassando R$ 54 mil.
A campanha, organizada por uma amiga próxima de Juliana, tinha como meta inicial arrecadar R$ 70 mil para cobrir os custos de cirurgias reparadoras, cuidados médicos adicionais e suporte financeiro, já que a vítima, ainda em recuperação, não pode trabalhar. A cirurgia de reconstrução facial, que será realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foi adiada devido ao edema no rosto de Juliana, mas os gastos com medicamentos, exames e sustento durante o período de afastamento do trabalho motivaram a mobilização. Em menos de uma semana, a solidariedade de mais de 800 doadores, incluindo amigos, familiares e até mesmo desconhecidos sensibilizados pela história, fez com que a vaquinha alcançasse números expressivos.
Juliana, que já consegue se comunicar, mas ainda enfrenta muitas dores devido às lesões, usou suas redes sociais para agradecer o apoio recebido. “É um momento muito delicado, e eu preciso focar na minha recuperação. Agradeço todo o amor e solidariedade que estão me ofertando”, declarou em uma postagem. A vítima também confirmou a legitimidade da vaquinha, assegurando que os recursos estão sendo geridos por pessoas de sua confiança.
O caso de Juliana não é apenas uma história de violência, mas também um exemplo de como a união da sociedade pode fazer a diferença na vida de uma pessoa em situação de vulnerabilidade. A agressão, motivada por ciúmes, segundo investigações policiais, chocou o país e reacendeu o debate sobre a violência contra a mulher. O agressor, Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, ex-jogador de basquete, foi preso em flagrante e responderá por tentativa de feminicídio. Em depoimento, ele alegou um “surto claustrofóbico”, mas a justificativa não convenceu as autoridades.
A vaquinha virtual continua ativa, e os organizadores reforçam que cada doação, por menor que seja, é fundamental para garantir que Juliana tenha o suporte necessário para se recuperar física e emocionalmente. A mobilização também serve como um alerta para a importância de denunciar casos de violência doméstica e apoiar vítimas, que muitas vezes enfrentam longos processos de recuperação. Para contribuir, basta acessar o link da campanha divulgada nas redes sociais de Juliana e seus amigos.
A história de Juliana Garcia é um lembrete doloroso da realidade enfrentada por milhões de mulheres no Brasil, mas também um exemplo de esperança e solidariedade. Com o apoio da comunidade, ela segue firme no caminho da recuperação, transformando a dor em uma luta por justiça e recomeço.