Lembra delas? Saiba como estão as meninas do Bonde das Maravilhas hoje, após sucesso do “quadradinho de oito”

Em 2011, um grupo de jovens adolescentes da comunidade Complexo do Serrão, em Niterói, Rio de Janeiro, conquistou o Brasil com coreografias ousadas e um ritmo contagiante que marcou uma geração. O Bonde das Maravilhas, formado originalmente por seis garotas – Joyce, Karoliny, Thaysa, Rafaela, Thalia e Gabrielle (Gaaby) – explodiu nas redes sociais com o hit “Quadradinho de Oito” e a música “Aquecimento das Maravilhas”. Com passos de dança que viralizaram e parcerias com grandes nomes do funk carioca, como Nego do Borel e MC Maneirinho, o grupo alcançou fama nacional e até internacional, com apresentações em países da Europa, África e Caribe. Mas, mais de uma década depois, o que aconteceu com as meninas que fizeram o Brasil dançar o “quadradinho”? Vamos descobrir como elas estão hoje!
O impacto do “Quadradinho de Oito”
O Bonde das Maravilhas surgiu em um momento em que o funk carioca estava consolidando sua força como um dos principais movimentos culturais do Brasil. A coreografia do “Quadradinho de Oito”, com seus movimentos sincronizados e provocantes, tornou-se um fenômeno cultural, acumulando milhões de visualizações no YouTube e inspirando desafios de dança. As meninas, ainda adolescentes na época, enfrentaram tanto a aclamação do público quanto críticas pelo teor sensual de suas apresentações, o que gerou debates sobre a sexualização de jovens no funk e a liberdade artística.
Apesar das controvérsias, o grupo seguiu firme, lançando outros sucessos como “Super Poder” e “Brincadeira das Maravilhas”. A fama trouxe oportunidades, como cachês altos para shows e reconhecimento de celebridades, incluindo o jogador Neymar, que chegou a citar o grupo como uma das atrações do Rio de Janeiro. No entanto, com o passar dos anos, o Bonde enfrentou mudanças na formação, desafios pessoais e a necessidade de se reinventar em um cenário musical em constante evolução.
Onde estão as meninas hoje?
Thaysa
Thaysa, uma das vocalistas mais conhecidas do grupo, foi uma das figuras centrais do Bonde das Maravilhas. Após o auge da fama, ela enfrentou momentos difíceis, incluindo desavenças com a equipe de produção e a perda de sua mãe, vítima de um infarto fulminante. Thaysa decidiu deixar o grupo em 2018, buscando novos rumos. Com o desejo de recuperar o tempo perdido, ela voltou a estudar, concluindo o ensino médio, e expressou interesse em ingressar na universidade, com o sonho de se tornar médica pediatra. Hoje, Thaysa mantém um perfil mais reservado, mas continua conectada à música e à dança, compartilhando momentos de sua vida nas redes sociais.
Karoliny (Karol)
Karoliny, ou simplesmente Karol, é uma das poucas integrantes que permaneceram ativas no Bonde das Maravilhas, mesmo após as mudanças na formação. Em 2020, quando o grupo passou a se chamar temporariamente “As Maravilhas” devido a questões contratuais, Karol se manteve como uma das líderes, trazendo novas integrantes e lançando singles como “Senta que é uma Maravilha” e “Bunda de Ioiô 2.0”. Mãe de um menino, Karol concilia a vida artística com a maternidade e continua ativa nas redes, onde promove o grupo e mantém viva a essência do “quadradinho”.
Rafaela
Rafaela também seguiu no grupo durante a transição para “As Maravilhas”. Conhecida por sua energia no palco, ela continua se apresentando e participando de novos projetos musicais. Além disso, Rafaela se dedica a causas sociais, usando sua visibilidade para falar sobre a importância da representatividade de mulheres negras no funk e na cultura carioca. Sua trajetória reflete o compromisso com a evolução artística e pessoal.
Renata (Renatinha)
Renatinha, uma das integrantes mais jovens na época do sucesso, tornou-se mãe ainda muito nova, o que marcou uma virada em sua vida. Após deixar o Bonde, ela decidiu focar na criação de seu filho e na busca por estabilidade financeira. Atualmente, trabalha como manicure e sonha em voltar a estudar para se tornar cabeleireira. Apesar de estar afastada dos palcos, Renatinha mantém um carinho especial pelo período em que fez parte do grupo e, ocasionalmente, compartilha memórias nas redes sociais.
Thalia e Gabrielle (Gaaby)
Thalia e Gaaby, que completavam a formação original, optaram por caminhos mais discretos após o auge do Bonde. Thalia se afastou completamente da vida artística, focando em sua vida pessoal e mantendo um perfil reservado. Já Gaaby, embora menos ativa na música, ocasionalmente participa de eventos nostálgicos relacionados ao funk carioca, celebrando o legado do grupo. Ambas preferem manter suas vidas longe dos holofotes, mas são lembradas com carinho pelos fãs.
Joyce
Joyce, outra integrante fundadora, também deixou o grupo nos anos seguintes ao sucesso inicial. Após um período de dedicação à família, ela se envolveu em projetos comunitários em Niterói, buscando inspirar jovens da comunidade onde cresceu. Embora não esteja mais no cenário musical, Joyce carrega com orgulho a experiência de ter feito parte de um movimento cultural tão marcante.
A reinvenção do Bonde das Maravilhas
Entre 2020 e 2022, o Bonde das Maravilhas passou por uma reestruturação significativa. Impedidas de usar o nome original por questões contratuais, as integrantes remanescentes, lideradas por Karol, adotaram o nome “As Maravilhas” por um período. Nesse tempo, novas dançarinas, como Bruna Lopes, uma capixaba que trouxe diversidade ao grupo ao se tornar a primeira integrante transexual, foram incorporadas. A nova formação lançou clipes caseiros e manteve a essência do funk carioca, com coreografias que continuam atraindo atenção nas redes.
Em 2023, o grupo retomou o nome original e segue ativo, embora com menos visibilidade do que no auge. As apresentações continuam atraindo fãs nostálgicos e novos admiradores, e o Bonde mantém uma agenda de shows, especialmente no Rio de Janeiro, onde o funk carioca permanece como um pilar cultural. A presença nas plataformas digitais, como Instagram e YouTube, garante que o legado do grupo continue vivo.
O legado do Bonde das Maravilhas
O Bonde das Maravilhas não foi apenas um grupo de funk; ele representou a força da juventude periférica, que transformou a dança e a música em ferramentas de expressão e ascensão social. Apesar das controvérsias, as meninas abriram portas para outras mulheres no funk carioca, mostrando que o talento e a determinação podem romper barreiras. Suas coreografias, como o “Quadradinho de Oito”, influenciaram gerações de dançarinos e continuam sendo referência no universo do funk.
Hoje, as integrantes originais seguem caminhos distintos, mas todas carregam o orgulho de terem feito parte de um fenômeno cultural. Algumas continuam na música, outras buscaram novos sonhos, mas o impacto do Bonde das Maravilhas permanece. O grupo não só colocou Niterói no mapa do funk, como também mostrou ao mundo a potência da cultura carioca.
Conclusão
O Bonde das Maravilhas marcou uma era com sua energia, ousadia e talento. Mais de uma década após o sucesso do “Quadradinho de Oito”, as meninas que formaram o grupo original seguem suas vidas com novas ambições e conquistas, enquanto o Bonde, em sua nova formação, continua levando o funk carioca adiante. Seja nos palcos, nas redes sociais ou em novos rumos pessoais, as “Maravilhas” deixaram um legado que ainda ecoa nos corações dos fãs. E você, já tentou fazer o “quadradinho” hoje?