Chega a triste notícia da moça agredida em elevador pelo namorado, ela acabou d…. Ver mais

A violência que chocou: a história da mulher agredida em um elevador e seu caminho para a recuperação
No último sábado, 26 de julho de 2025, um caso de violência doméstica abalou a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Uma mulher de 35 anos foi brutalmente agredida por seu namorado dentro do elevador de seu condomínio, no bairro de Ponta Negra. A agressão, registrada por câmeras de segurança, chocou a todos pela crueldade: foram mais de 60 socos desferidos contra o rosto da vítima, que ficou gravemente ferida. O agressor, identificado como Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, foi preso em flagrante e responderá por tentativa de feminicídio. Este artigo busca relatar a gravidade do ocorrido, o impacto na vida da vítima e os passos que ela deverá seguir em seu processo de recuperação, além de esclarecer sobre o suposto recado no papel.
O ocorrido: uma violência brutal
A vítima, cujo nome não foi divulgado para protegê-la, relatou que a discussão com o namorado começou na área da piscina do condomínio, motivada por ciúmes infundados. Após uma crise de ciúmes, o agressor jogou o celular dela na piscina, o que a levou a tentar evitar um confronto maior. Eles subiram em elevadores diferentes até o andar do apartamento dela, mas, ao chegarem, ela se recusou a sair do elevador, temendo por sua segurança, já que o corredor não possuía câmeras. Foi então que a violência explodiu: irritado com a recusa, o agressor a atacou com uma sequência de socos, ameaçando-a de morte enquanto a espancava. “Eu só pensei em sair dali viva”, desabafou a vítima em entrevista à Record TV.
As imagens captadas pela câmera do elevador mostram a brutalidade do ataque: a mulher, caída e sem reação, foi golpeada repetidamente, resultando em um rosto desfigurado e ensanguentado. A rápida ação de um porteiro, que acompanhou as imagens em tempo real e acionou a Polícia Militar, foi crucial para deter o agressor. Quando o elevador chegou ao térreo, moradores contiveram o homem até a chegada da polícia, que o prendeu em flagrante. A vítima foi imediatamente encaminhada ao Hospital Walfredo Gurgel, onde recebeu atendimento de emergência.
As consequências físicas e emocionais
As agressões deixaram sequelas graves. A mulher sofreu múltiplas fraturas no rosto e na mandíbula, além de problemas de visão decorrentes dos golpes. Devido à gravidade das lesões, ela precisará passar por uma cirurgia de reconstrução facial para reparar os danos ósseos no maxilar e outras áreas afetadas. Apesar de seu quadro de saúde ser considerado estável, a recuperação física será longa e complexa, exigindo cuidados médicos especializados, como acompanhamento bucomaxilofacial, além de possíveis intervenções oftalmológicas para tratar os problemas visuais.
Além das lesões físicas, o impacto emocional é incalculável. A vítima relatou que o relacionamento de quase dois anos com o agressor já apresentava sinais de violência psicológica, com ele a tratando de forma rude em público. No entanto, ela nunca imaginou que ele fosse capaz de tamanha violência. “Foi uma grande decepção”, afirmou. Agora, ela enfrenta não apenas a dor física, mas também o trauma de ter sobrevivido a uma tentativa de feminicídio. Para lidar com isso, será essencial que ela receba suporte psicológico especializado, preferencialmente com profissionais capacitados em violência contra a mulher, para ajudá-la a processar o trauma e reconstruir sua autoestima.
O recado no papel: esclarecendo o rumor
Circulou nas redes sociais a informação de que a vítima teria escrito um recado em papel após a agressão, mas não há evidências concretas que confirmem essa história. O que se sabe é que a mulher usou seu perfil no Instagram para se manifestar, agradecendo o apoio recebido de amigos, familiares e desconhecidos. “Agradeço toda a solidariedade e amor que todos estão me ofertando no momento. É um momento muito delicado e eu preciso focar na minha recuperação”, escreveu. Essa mensagem, publicada digitalmente, parece ter sido confundida com um suposto recado escrito à mão. Até o momento, não há registros de que ela tenha deixado qualquer bilhete físico relacionado ao caso.
O caminho para a recuperação
A jornada de recuperação da vítima será longa e multifacetada. No âmbito físico, a cirurgia de reconstrução facial é o próximo passo crucial. Esse procedimento, que será realizado por especialistas em bucomaxilofacial, visa corrigir as fraturas no maxilar e no rosto, restaurando tanto a funcionalidade quanto a estética. Além disso, ela precisará de acompanhamento médico contínuo para monitorar sua visão e garantir que não haja complicações decorrentes das lesões.
No campo emocional, o suporte psicológico será indispensável. A violência doméstica deixa marcas profundas, e o trauma de uma agressão tão violenta pode levar a transtornos como estresse pós-traumático, ansiedade e depressão. Terapias especializadas, como a terapia cognitivo-comportamental, podem ajudá-la a lidar com o impacto psicológico e a reconstruir sua confiança. Amigos e familiares também criaram uma vaquinha online para arrecadar fundos para custear o tratamento, que já ultrapassou R$ 28 mil em doações, demonstrando a solidariedade da comunidade.
No aspecto jurídico, a vítima poderá buscar justiça por meio do acompanhamento do processo contra o agressor, que está preso preventivamente e será indiciado por tentativa de feminicídio. A violência foi registrada em vídeo, o que fortalece as provas contra ele, mas o processo pode ser emocionalmente desgastante. Organizações de apoio a mulheres vítimas de violência, como a Central de Atendimento à Mulher (180), podem orientá-la sobre seus direitos e oferecer suporte durante o trâmite legal.
Um alerta contra a violência doméstica
Esse caso reacende o debate sobre a violência doméstica no Brasil, um problema que afeta milhares de mulheres todos os anos. A história dessa vítima evidencia a importância de reconhecer sinais de comportamentos abusivos em relacionamentos, como ciúmes excessivos e violência psicológica, que muitas vezes precedem agressões físicas. A rápida resposta da comunidade, com a intervenção do porteiro e o apoio dos vizinhos, também destaca o papel crucial da sociedade na proteção das vítimas.
A mulher agredida no elevador agora enfrenta um longo caminho de recuperação, tanto física quanto emocional. Sua coragem em sobreviver e se pronunciar, mesmo em meio à dor, é um exemplo de resiliência. Que sua história inspire outras mulheres a buscar ajuda e reforçar a luta contra a violência doméstica, para que nenhuma outra precise passar por tamanha brutalidade.