Famosos

Condenada pela morte dos pais, Suzane Richthofen muda de sobrenome

Suzane Louise von Richthofen, figura amplamente conhecida no Brasil devido ao brutal assassinato de seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, voltou a chamar a atenção da mídia ao mudar oficialmente seu nome. Agora, aos 40 anos, ela passa a se chamar Suzane Louise Magnani Muniz, abandonando o sobrenome von Richthofen, que carrega o peso de um dos crimes mais chocantes da história recente do país. A alteração foi realizada em dezembro de 2023, durante a formalização de sua união estável com o médico Felipe Zecchini Muniz, em um cartório na cidade de Angatuba, interior de São Paulo.

A mudança de sobrenome reflete uma tentativa de Suzane de se desvincular do estigma associado ao crime que a tornou infame. O sobrenome “Magnani” é uma homenagem à sua avó materna, Lourdes Magnani Silva Abdalla, enquanto “Muniz” foi adotado em referência ao pai de seu companheiro, José Alonso Muniz. A decisão, segundo especulações, visa não apenas apagar o legado familiar ligado ao crime, mas também facilitar sua reintegração social, especialmente após a progressão para o regime aberto em 2023, quando deixou a Penitenciária de Tremembé após cumprir mais de 20 anos de prisão.

Suzane, que foi condenada a 39 anos de prisão como mandante do assassinato de seus pais, executado com a ajuda de seu então namorado Daniel Cravinhos e do irmão dele, Cristian, parece buscar uma nova identidade para reconstruir sua vida. A alteração do nome coincide com um momento marcante: o nascimento de seu primeiro filho, em janeiro de 2024, fruto de sua relação com Felipe Zecchini Muniz. O bebê, registrado com o nome do pai e o novo sobrenome da mãe, também não carrega o “von Richthofen” em sua certidão, embora o sobrenome ainda apareça no campo destinado aos avós maternos, como exige a legislação.

Essa não é a primeira vez que Suzane tenta se reinventar. Em 2016, durante uma união estável com outro parceiro, ela chegou a se identificar como Louise das Dores, em mais uma tentativa de se dissociar de seu passado. Agora, com a nova mudança, Suzane parece determinada a deixar para trás o peso do sobrenome que a conecta diretamente ao crime que chocou o Brasil. No entanto, especialistas apontam que a alteração de nome não apaga seu histórico criminal, que permanece registrado e acessível em sistemas judiciais.

Além da mudança de nome, Suzane tem dado outros passos para retomar sua vida. Atualmente, ela cursa Direito na Universidade São Francisco, em São Paulo, e chegou a prestar um concurso público para o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em 2024, concorrendo ao cargo de escrevente. Apesar de sua tentativa de reinserção, a presença de antecedentes criminais pode dificultar sua aprovação, já que o TJSP exige a apresentação de atestado de antecedentes para os candidatos.

A trajetória de Suzane von Richthofen, agora Suzane Louise Magnani Muniz, continua a gerar debates sobre justiça, reintegração e a possibilidade de redenção. Sua mudança de sobrenome, embora legalmente permitida, levanta questionamentos sobre até que ponto é possível deixar para trás um passado tão marcado por um crime que permanece vivo na memória coletiva do país. Enquanto Suzane tenta construir uma nova identidade como mãe, esposa e estudante, a sociedade segue acompanhando sua história com uma mistura de curiosidade, desconfiança e reflexão sobre os limites do perdão e da transformação pessoal.