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Delegado sobre Suzane von Richthofen: “S3duziu o promotor de Justiça”

Suzane von Richthofen: O Poder de Sedução que Transcende as Grades

Suzane von Richthofen, figura central de um dos crimes mais notórios da história brasileira, voltou a ser assunto nas redes sociais e na mídia após declarações polêmicas de um delegado aposentado. Conhecida por planejar e participar do assassinato de seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, Suzane cumpre pena em regime aberto desde 2023, mas sua trajetória continua a gerar fascínio e controvérsia. Recentemente, o delegado Jorge Lordello, famoso por comentar crimes de grande repercussão, trouxe à tona um aspecto intrigante da personalidade de Suzane: seu suposto “poder de sedução”, que teria influenciado até mesmo figuras de autoridade, como um promotor de Justiça.

Um Crime que Chocou o Brasil

Em outubro de 2002, Suzane von Richthofen, então com 19 anos, arquitetou, ao lado do namorado Daniel Cravinhos e do cunhado Christian Cravinhos, o assassinato de seus pais na residência da família, na Zona Sul de São Paulo. O crime, motivado por desavenças familiares e interesses financeiros, chocou o país pela frieza e premeditação. Suzane foi condenada a 39 anos e 6 meses de prisão, mas sua trajetória no sistema prisional e sua habilidade de conquistar aliados dentro e fora da cadeia têm gerado debates incessantes.

O Magnetismo de Suzane

Durante uma entrevista, Jorge Lordello destacou o que descreveu como um “magnetismo impressionante” de Suzane. Segundo ele, essa característica lhe permitiu conquistar a simpatia de diversas pessoas ao longo de sua pena, incluindo agentes penitenciários, colegas de cela e até um promotor de Justiça da vara de execuções penais. “Ela seduziu um promotor de Justiça. Tem uma habilidade, um poder de sedução impressionante. Com quem gosta dela, ela exerce esse magnetismo”, afirmou o delegado. A declaração reacendeu discussões sobre a capacidade de Suzane de manipular pessoas em posições de poder para obter regalias no sistema prisional.

Lordello também mencionou os relacionamentos amorosos de Suzane durante o período em que esteve presa. Inicialmente, ela teria se envolvido com uma detenta conhecida como Sandrão. Mais tarde, conheceu um homem que a visitava na prisão, com quem mantinha contato durante as chamadas “saidinhas” temporárias. A relação, segundo o delegado, teria sido estratégica, utilizada para garantir benefícios no sistema penitenciário. “Não tenho dúvidas de que ela usava essas relações para obter vantagens”, afirmou. Atualmente, Suzane vive em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, casada com um médico e com um filho.

Relatos de Manipulação e Privilégios

As declarações de Lordello não são as primeiras a sugerir que Suzane exercia influência incomum no ambiente prisional. Anos antes, um conhecido repórter investigativo também relatou episódios que reforçam essa narrativa. Segundo ele, um promotor de Justiça, encantado por Suzane, chegou a transformar seu gabinete no Ministério Público em um espaço com música, iluminação especial e lanches, onde a detenta era recebida sob o pretexto de prestar depoimentos. Outro caso envolveu um médico do presídio, que, segundo denúncias de funcionários, oferecia privilégios a Suzane, como levá-la à clínica da prisão e trazer alimentos, como pastéis.

Esses relatos apontam para uma habilidade singular de Suzane em conquistar a confiança e a simpatia de pessoas ao seu redor, mesmo em um ambiente tão hostil quanto o sistema carcerário. A questão levanta debates éticos sobre a conduta de profissionais que, supostamente, cederam ao charme de uma condenada por um crime tão grave.

A Polêmica Persiste

O caso de Suzane von Richthofen continua a intrigar e dividir opiniões. Para alguns, sua habilidade de persuasão é vista como uma demonstração de manipulação calculada, usada para garantir benefícios e aliviar as condições de sua pena. Para outros, o interesse em sua história reflete uma fascinação mórbida da sociedade por crimes que desafiam a compreensão. Historiadores e especialistas apontam que casos como o de Suzane permanecem na memória coletiva por seu impacto emocional e pela complexidade dos personagens envolvidos.

Atualmente, vivendo em regime aberto, Suzane tenta reconstruir sua vida longe dos holofotes, mas as declarações sobre seu passado continuam a reacender o interesse público. A narrativa de sua suposta capacidade de sedução, seja ela real ou exagerada, adiciona uma camada de mistério a uma figura que já é, por si só, enigmática. Resta saber se Suzane von Richthofen conseguirá, algum dia, deixar para trás o peso de seu passado e as histórias que continuam a cercá-la.