Descanse em paz MINHA filha! Menina m0rre após pai pegar sua p…Ver mais

Uma madrugada que ficará marcada na memória de Bragança Paulista. Em um clima de silêncio e choque, os moradores da cidade no interior de São Paulo acordaram no domingo (14) com a trágica notícia da morte de uma menina de apenas 9 anos. Jéssica — uma criança alegre, estudiosa e repleta de sonhos — teve sua vida abruptamente interrompida dentro de sua própria casa, vítima de um disparo acidental de arma de fogo enquanto dormia.
O revólver calibre .38, que pertencia ao pai da menina, estava guardado no alto de um armário, coberto por um edredom. Durante a madrugada, o armamento caiu e disparou acidentalmente, atingindo fatalmente Jéssica. O tiro foi certeiro, e a menina não sobreviveu.
Segundo os primeiros relatos da Polícia Civil, a cena foi marcada pelo desespero. O disparo acordou os familiares, que imediatamente chamaram o socorro. No entanto, já era tarde demais.
Sentimentos de dor, indignação e uma cidade em luto
Na escola onde Jéssica estudava, o ambiente estava repleto de consternação. Professores, amigos e colegas prestaram homenagens com cartazes, flores e cartas. Em uma das salas de aula, os desenhos coloridos que ela havia feito na última semana ainda estavam expostos no mural.
“Ela era uma menina doce e muito inteligente. Sempre estava disposta a ajudar os colegas. Sonhava em ser veterinária”, relatou emocionada uma das professoras. “Esse é um vazio que permanecerá para sempre.”
A mãe da menina, devastada pela perda, fez um apelo durante o velório: “Não escondam armas dentro de casa. O medo não justifica a imprudência. Minha filha se foi devido a um erro que poderia ter sido evitado.”
Pai é detido em flagrante e pode ser acusado por homicídio culposo
Alexandre Lara de Arruda Penteado, de 53 anos, pai de Jéssica, foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Ele confessou que mantinha o revólver por receio de assaltos, mas admitiu não ter registro nem autorização para portar a arma. Além disso, não possuía qualquer tipo de treinamento.
A polícia está investigando o caso e considera acusá-lo por homicídio culposo — quando não há intenção de matar, mas o resultado é fruto de negligência ou imprudência. A pena pode chegar a três anos de reclusão e pode ser aumentada por envolver uma vítima menor de idade.
O delegado responsável pelo caso afirmou que a arma estava carregada e sem qualquer mecanismo de segurança e que sua forma inadequada de armazenamento representava um risco iminente: “Um edredom sobre um armário não é lugar para se guardar uma arma de fogo.”