A música brasileira sofreu uma grande perda neste domingo (20), com a morte da cantora e empresária Preta Gil, aos 50 anos, nos Estados Unidos, enquanto lutava contra um câncer no intestino. A informação foi confirmada pela assessoria da artista. A família, ainda em estado de choque, está preparando um comunicado oficial para fãs e o público.
Desde que recebeu o diagnóstico da doença em janeiro de 2023, Preta enfrentou essa batalha com uma força admirável, compartilhando cada etapa do processo com seus seguidores. Sem esconder suas dores e medos, ela narrou suas experiências, convidando todos a acompanhá-la nessa jornada.
“Às vezes precisamos sair da nossa zona de conforto e buscar caminhos que estão longe de nós”, disse Preta em uma de suas postagens mais emocionantes ao explicar sua viagem aos EUA. Ela se tratou no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York, um hospital renomado em tratamentos oncológicos. O objetivo era acessar medicamentos que ainda não estavam disponíveis no Brasil ou participar de estudos experimentais. Era uma tentativa, como ela mesma disse, “de lutar com todas as possibilidades”.
A decisão de ir para fora do país não foi simples, envolvendo muitas discussões familiares e esperança. Preta queria viver; desejava cantar mais, ver os netos crescerem e voltar aos palcos — estava determinada a vencer essa doença. Aqueles que a acompanhavam podiam perceber claramente sua vontade de viver pulsando intensamente.
Filha do icônico Gilberto Gil, Preta construiu seu próprio caminho na cena artística. Sempre conhecida por sua espontaneidade, por levantar bandeiras importantes e por não se calar diante do preconceito. Era ativista e defensora de causas sociais, além de ter um coração aberto. Ela era muito querida — não apenas pelo público, mas também por colegas de profissão e amigos, até mesmo por aqueles que nunca a encontraram pessoalmente, mas sentiam uma conexão através das telas.
Com a notícia de sua morte, a comoção foi imediata. As redes sociais se encheram de homenagens, mensagens carinhosas, vídeos antigos e trechos de entrevistas. Uma das mensagens que mais se destacou foi de um fã anônimo que escreveu: “Preta foi gigante até o fim. Ela ensinou a viver e agora nos ensina a partir com dignidade”. É difícil não se emocionar.
Fontes próximas à família relataram que Gilberto Gil ficou profundamente abalado ao receber a notícia. Ele teria sofrido um pico de pressão e precisou ser acompanhado por médicos. Não é para menos; perder uma filha é uma dor imensurável.
Apesar da tristeza, existe também um sentimento de gratidão — pela história que construiu, pelo legado que deixa e pela coragem que sempre demonstrou. Preta Gil não foi apenas uma artista; ela se tornou um símbolo de resistência e afeto na vida real. Uma mulher que chorou, riu, cantou e lutou até o final. E mesmo após sua partida, continua deixando marcas profundas em todos que tiveram a oportunidade de acompanhar sua trajetória.
O Brasil se despede de Preta Gil, mas sua voz… ah, essa continuará ecoando por muito tempo ainda. Seja nas playlists, nas memórias ou naquele refrão que insiste em permanecer na mente das pessoas.
