Menina de 12 anos que estava grávida em MG faleceu e tio comoveu com desabafo: “Ela est…”

Tragédia em Betim: Menina de 12 anos grávida falece após parto de emergência e tio comove com desabafo
Uma tragédia abalou a cidade de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, com a morte de uma menina indígena de apenas 12 anos, no último domingo, 13 de julho de 2025. A adolescente, que estava grávida de 32 semanas, faleceu no Centro Materno-Infantil (CMI) da cidade devido a complicações durante um parto de emergência. O caso chocou a comunidade e levantou debates sobre violência sexual, saúde pública e proteção à infância. O desabafo emocionado de um tio da vítima, exigindo justiça, trouxe ainda mais comoção ao caso.
A menina, pertencente à etnia Warao, vivia com a família em uma ocupação indígena no Conjunto Habitacional José Gomes de Castro, em Betim. Segundo relatos de familiares, a gravidez não era conhecida até que a adolescente começou a apresentar sintomas graves, como fortes dores de cabeça, enjoos e perda de apetite, na semana anterior ao ocorrido. Na quinta-feira, 10 de julho, a família realizou um teste de farmácia que confirmou a gestação de oito meses. No dia seguinte, sexta-feira, 11 de julho, a menina foi internada em estado gravíssimo no CMI, onde foi necessário realizar um parto de emergência devido à gravidade de seu quadro clínico.
Apesar dos esforços da equipe médica, a adolescente não resistiu às complicações, que incluíram uma hemorragia cerebral, e faleceu dois dias após o procedimento. O bebê, nascido prematuro, sobreviveu e permanece internado na unidade de saúde, recebendo cuidados intensivos. A prefeitura de Betim informou que todos os protocolos médicos foram rigorosamente seguidos e que a família recebeu acompanhamento psicológico e multiprofissional durante o processo.
O tio da menina, Andy Jesus Tovar, expressou profunda tristeza e indignação em um desabafo que tocou a comunidade. Ele relatou o choque da família ao descobrir a gravidez tardiamente, já que a adolescente não havia compartilhado informações sobre a gestação, possivelmente por não compreender o que estava acontecendo. “Temos que pressionar aquele homem, sobre o que ele fez com a menina. Daqui pra frente, nós teremos que acionar a polícia para que ele responda pelo que fez”, declarou Andy, destacando a determinação da família em buscar justiça.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Betim, como estupro de vulnerável, crime previsto no Código Penal Brasileiro, que considera qualquer relação sexual com menores de 14 anos como violência, independentemente de consentimento. Um jovem de 22 anos, morador da mesma ocupação, é apontado como suspeito de ser o responsável pela gravidez. A tensão envolvendo o caso culminou em um episódio de violência durante o velório da menina, na terça-feira, 15 de julho, quando o suspeito foi agredido por familiares no Cemitério Parque Jardim da Cachoeira.
A morte da adolescente expõe questões graves sobre a proteção de crianças e adolescentes, especialmente em comunidades vulneráveis. A gestação em uma menina tão jovem levanta alertas sobre a necessidade de maior acesso à educação sexual, acompanhamento médico e redes de apoio para prevenir casos de violência e garantir atendimento adequado. A família, ainda abalada, clama por respostas e justiça, enquanto a comunidade Warao e os moradores de Betim lamentam a perda de uma vida tão jovem em circunstâncias tão trágicas.
O caso segue sob investigação, e as autoridades reforçam que mais detalhes serão divulgados em momento oportuno, de forma a não comprometer o andamento do inquérito. A história da menina de 12 anos, marcada por sofrimento e uma perda irreparável, permanece como um doloroso lembrete da importância de proteger os direitos das crianças e combater a violência em todas as suas formas.