Pai desbloqueia telefone do filho morto há um ano, e acaba descobrindo que o ass@ssin0 é… Ver mais

Após mais de um ano de silêncio, um vídeo de 20 segundos trouxe um novo e perturbador capítulo ao caso do assassinato de Michael Boschetto, de 32 anos, em Villafranca Padovana, no norte da Itália. O registro, encontrado no celular da vítima, devolvido pela polícia italiana após meses de perícia, mostra Giacomo Friso, principal suspeito do crime, dançando de maneira desconcertante em uma casa, momentos após supostamente desferir quatro facadas em Boschetto.
O crime ocorreu em 27 de abril de 2024, em uma tranquila cidade italiana, onde Boschetto e Friso eram vizinhos com um histórico de desentendimentos. O que começou como uma discussão aparentemente trivial escalou para uma tragédia. Friso, que já tinha passagens por problemas relacionados a drogas, teria perdido o controle e atacado Boschetto com uma faca, deixando-o agonizando. Preso em flagrante por um policial de folga que estava nas proximidades, ele permanece detido desde então.
O vídeo, descoberto pelo pai de Boschetto ao desbloquear o celular do filho em busca de lembranças, chocou até mesmo investigadores experientes. Nele, Friso aparece dançando ao som de música, com um olhar vago, em um contraste grotesco com a violência que acabara de ocorrer. A gravação, com apenas 20 segundos, tornou-se uma evidência crucial, anexada ao processo, e pode ser determinante no julgamento de Friso, que responde por homicídio qualificado.
O conteúdo do vídeo levantou questões perturbadoras. Por que alguém gravaria uma dança logo após cometer um assassinato? Seria um ato de provocação, uma fuga psicológica ou um sinal de um estado mental perturbado? Criminólogos consultados pela imprensa italiana sugerem que o comportamento pode indicar narcisismo patológico ou até psicopatia, apontando para uma completa ausência de empatia. “Registros assim, feitos logo após um crime, são extremamente raros, mesmo entre homicidas”, afirmou um especialista.
O Ministério Público reabriu parte da investigação para analisar o vídeo em detalhes, verificando metadados e a localização exata do registro, na tentativa de extrair mais informações sobre o comportamento de Friso naquele dia. A defesa do acusado ainda não se pronunciou sobre a nova evidência, mas é provável que tente usar o estado mental de Friso como argumento no julgamento.
Para a família de Boschetto, o vídeo trouxe uma mistura de dor e esperança por justiça. “Ver isso é como reviver a perda do meu filho, mas com ainda mais angústia”, declarou o pai da vítima à imprensa. Eles esperam que a gravação seja a peça final para garantir a condenação de Friso, em um caso que continua a chocar a comunidade local e reacender debates sobre a natureza do crime e a mente do suspeito.