Polícia descobre que empresário seria concretado no buraco e o amigo a…Ver mais

A morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, que aconteceu em Interlagos, na zona sul de São Paulo, trouxe novos desdobramentos após as recentes revelações feitas pela polícia. A investigação, que continua em andamento, agora segue uma nova linha de apuração que é considerada significativa pelas autoridades.
De acordo com os investigadores, os responsáveis pelo crime podem ter elaborado um plano para esconder o corpo do empresário de forma definitiva, abandonando-o em uma vala no autódromo de Interlagos. Essa vala estava prestes a ser concretada nos dias subsequentes, conforme a programação das obras no local.
O objetivo seria garantir que o corpo ficasse preso sob o concreto, tornando a localização praticamente impossível.
Essa nova teoria emergiu após o depoimento de um funcionário que trabalhava na reforma do autódromo. Na manhã de terça-feira, 3 de junho, ele notou algo suspeito na vala e inicialmente pensou que se tratava de um boneco.
Curioso, ele chamou um colega para verificar o que haviam encontrado. Ao se aproximarem, perceberam, por meio de detalhes como uma aliança de casamento, que o objeto suspeito era na verdade o corpo de um homem. Imediatamente, as autoridades foram notificadas.
As investigações indicam que a pessoa responsável por descartar o corpo tinha pleno conhecimento da rotina das obras, sugerindo que o crime foi premeditado.
O planejamento em torno da ocultação do cadáver reforça a suspeita de que houve uma intenção deliberada por trás do ato. A linha principal de investigação atualmente considera a possibilidade de um desentendimento sério entre Adalberto e a equipe de segurança que estava atuando durante um evento de motociclismo no autódromo.
A polícia descobriu que Adalberto havia entrado em uma área restrita sem permissão. Ele estacionou seu carro e seguiu sozinho pelo espaço interditado, ultrapassando tapumes e barreiras de segurança. Esse comportamento chamou a atenção da organização do evento. Dos cerca de setenta seguranças contratados, oito já foram ouvidos formalmente pelas autoridades.
A expectativa é de que mais depoimentos sejam coletados nos próximos dias.
Outro aspecto que despertou o interesse da polícia foi o depoimento de Rafael Albertino Aliste, amigo que acompanhava Adalberto no dia em que ele desapareceu. Rafael afirmou que os dois tinham ingerido cerveja e usado maconha.
Entretanto, o laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) contradisse essa versão. Segundo o exame toxicológico realizado, não foram encontradas substâncias como álcool ou drogas no organismo da vítima. O laudo também confirmou que a causa da morte foi asfixia, com marcas e escoriações visíveis no pescoço de Adalberto identificadas pelos peritos.