Tristeza e dor: Comunicamos a M0RTE da querida médica Andrezza Neves, ela n… Ver mais

A rodovia que há tanto tempo conecta histórias e une famílias entre cidades agora carrega cicatrizes profundas. Uma médica jovem, admirada por seu compromisso com a profissão e integrante de uma família respeitada em Corumbá, foi uma das vítimas fatais de um grave acidente ocorrido na manhã de domingo (15), envolvendo um ônibus da companhia Andorinha e um caminhão.
A colisão, de violência extrema, deixou outros feridos e ceifou mais uma vida, cuja identidade ainda não foi oficialmente confirmada. As circunstâncias que levaram ao desastre naquela curva da estrada permanecem envoltas em incertezas e questionamentos dolorosos.
Uma viagem interrompida para sempre
A BR-262, essencial para ligar o Pantanal ao restante do Mato Grosso do Sul, também é conhecida por sua história de acidentes trágicos. Segundo informações preliminares da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ônibus, que seguia em direção a Corumbá, teria cruzado para a pista oposta.
No sentido contrário, um caminhão trafegava normalmente até ser atingido lateralmente. A força do impacto fez com que uma peça pesada do caminhão se soltasse, perfurando a lateral do ônibus e atingindo diretamente a primeira fileira de poltronas.
Foi exatamente ali que Andrezza estava.
Um cenário de desespero no ônibus
Imagens capturadas por um passageiro logo após o choque começaram a se espalhar por redes sociais e aplicativos de mensagens. O vídeo revela um ambiente devastador: assentos destruídos, vidros quebrados, corpos sem movimento e passageiros em estado de choque. A pessoa que filma, com a voz tremendo, menciona um ferimento na perna e mostra outros viajantes tentando se levantar, muitos visivelmente abalados.
O registro, embora breve, captura a dimensão do horror: uma viagem rotineira transformada em um pesadelo coletivo.
O luto que abraçou uma cidade
A notícia da morte de Andrezza abalou profundamente Corumbá. A jovem médica, reconhecida pela dedicação aos pacientes e colegas, era admirada não apenas por sua habilidade profissional, mas também por seu engajamento em causas sociais e sua atuação na saúde pública.
A tragédia reverberou rapidamente entre os moradores. “É impossível aceitar. Uma pessoa tão gentil, dedicada, sempre com um sorriso. Corumbá perdeu alguém especial”, lamentou uma amiga de longa data, tomada pela emoção.
Nas redes sociais, a comoção se traduziu em centenas de mensagens de condolências, tributos e clamores por respostas e justiça.
Resposta da empresa e perguntas sem resposta
Em comunicado oficial, a Andorinha expressou pesar pelo ocorrido:
“A Andorinha lamenta profundamente o acidente ocorrido na manhã de hoje e aguarda os resultados da perícia técnica para esclarecer as causas. Estamos oferecendo total suporte às vítimas.”
Apesar da nota, a indignação persiste. Familiares e a comunidade exigem esclarecimentos sobre o que realmente causou a colisão. Houve erro humano? Falha mecânica? Ou algum fator externo contribuiu para a tragédia? Por ora, as respostas dependem das investigações da PRF e do trabalho da perícia.
Um talento interrompido
Andrezza das Neves Felski, aos 30 anos, era mais do que uma profissional talentosa. Sua dedicação à medicina, marcada por ética e sensibilidade, a tornava uma referência em Corumbá. Respeitada por colegas e pacientes, ela inspirava jovens da cidade e era frequentemente elogiada por sua abordagem humana no atendimento.
Seu futuro promissor foi brutalmente interrompido, de forma trágica e incompreensível.
O peso de uma tragédia
O acidente na BR-262 transcende as estatísticas. Tornou-se uma ferida aberta em Corumbá. Duas vidas perdidas, três pessoas feridas e inúmeros sobreviventes marcados pelo trauma.
A estrada, que deveria simbolizar conexão e vida, nesse domingo trouxe luto.
Enquanto as investigações avançam, uma verdade permanece: o vazio deixado por Andrezza é irreparável. O que era para ser apenas uma viagem agora será lembrado como o dia em que uma curva da rodovia alterou para sempre o destino de muitas pessoas.